Compulsão Alimentar, Obesidade, Colesterol, Diabetes e Doenças Cardíacas


Obesidade

A atividade física aumenta a dimensão global do déficit energético gerando uma menor dependência da restrição calórica através da dieta, mas ainda sim a redução das calorias de cada refeição é fundamental. 

Consultar um médico ou um profissional de saúde antes de iniciar qualquer programa de perda de peso.

Devemos induzir um déficit energético de 1200-2000Kcal diárias reduzindo aproximadamente  1,2 a 2 ou 3 kg do peso corporal por semana , através da restrição calórica e atividade física. Recomenda-se reduzir a ingestão calórica em 30%.

Empenho nos esforços para perda de peso em indivíduos em excesso de peso com IMC (índice de massa corpórea) acima de 25. Para indivíduos obesos que são os com IMC acima de 30, a supervisão médica torna-se mais importante pela provável necessidade da utilização de farmácos. IMC = Peso(kg)/Altura(m)²

A progressão do exercício aeróbico deve ser a partir de 200 minutos semanais em intensidade moderada procurando chegar em 300 minutos ou mais. O exercício intervalado alternando no mesmo treino baixa e média com alta intensidade tem demonstrado ser uma excelente estratégia.

O treino de musculação pode ser importante em médio e longo prazo pelo aumento do metabolismo através do ganho de massa muscular.

Para manutenção do peso se deve evitar obter ganho acima de 5 libras (2,3kg) com relação ao peso atual.


VÍDEO SOBRE OBESIDADE


Fonte: ACSM Position Stand on the Appropriate Intervention Strategies for Weight Loss and Prevention of Weight Regain for Adults. Med. Sci. Sports Exerc., 2001


Deslipidemia

Ainda não está totalmente definido se somente a prática de atividade física diminui o colesterol LDL e ou aumenta o colesterol HDL apesar de muitos estudos sugerirem esta adaptação junto com a queda dos triglicerídeos plasmáticos. Muitos artigos sugerem que isso é uma certeza, mas que os mecanismos fisiológicos ainda não estão totalmente definidos.

Justificar os resultados positivos somente a atividade física pode ser equivocado pelo fato de geralmente o indivíduo agregar uma melhora na sua dieta.

A maioria dos estudos relaciona a atividade aeróbica com os melhores resultados, apesar de existir referências também com relação ao treinamento de força.

Para um melhor resultado também é sugerido um dispêndio calórico mínimo de 1200 a 2000, assim como as recomendações para indivíduos com excesso de peso e obesidade.


COLESTEROL


Fonte: Lipids, Lipoproteins, and Exercise , J. Larry Durstine, PhD; Peter W. Grandjean, PhD; Christopher A. Cox, MS, MBA;Paul D. Thompson, MD


Doenças Cardíaca

A atividade física e principalmente o exercício aeróbico é de extrema importância na prevenção e tratamentos de doenças cardíacas. O exercício é considerado uma intervenção anti arrítmica não farmacológica e também um moderador da pressão arterial.

Isso acontece porque o condicionamento aeróbio pode alterar o equilíbrio autonômico (aumento do tônus ​​parassimpático e diminuição da atividade simpática), levando a uma melhor estabilidade elétrica cardíaca, protegendo contra a morte súbita cardíaca. Pelo mesmo motivo a pressão arterial pode ser melhorada em hipertensos.

A musculação também pode contribuir no controle da pressão arterial, mas não existem tantos estudos conclusivos como relacionados ao treinamento aeróbico.

Alguns estudos sugerem uma melhora na pressão arterial nas 24 horas seguidas do exercício o que pode tornar interessante a pratica diária da atividade física.

Um maior cuidado nas atividades físicas expostas a um clima quente porque pois a combinação calor e ou umidade causa desidratação podendo ser acentuada pelo uso de anti hipertensivos e diuréticos.


CORAÇÃO SAUDÁVEL - DOENÇAS CARDÍACAS

   

Fonte: Exercise and Hypertension, MEDICINE & SCIENCE IN SPORTS & EXERCISE, Pescatello, 2004 


Diabetes

Os benefícios do exercício para o paciente com Diabetes tipo 2 são com programas à longo prazo de exercícios no tratamento e prevenção deste comum distúrbio metabólico e de suas complicações.

Diversos estudos têm demonstrado um efeito benéfico da prática regular de exercício a longo prazo no metabolismo do carboidrato e na sensibilidade à insulina, que pode ser mantido por pelo menos 5 anos.

A melhora de muitos fatores de risco cardíaco tem sido associada à diminuição dos níveis de insulina plasmática e é provável que muitos dos efeitos benéficos do exercício no risco cardiovascular sejam relatados pela melhora da
sensibilidade à insulina.

Para pessoas com diabetes tipo 1, a ênfase deve ser no ajuste do regime terapêutico para permitir participação segura em todas as formas de atividade física de acordo com os desejos e objetivos de um indivíduo.

Ambos os treinamentos aeróbico e a musculação aumentam a disposição de glicose e sensibilidade à insulina, resultando em melhoramento da tolerância à glicose e a resposta da insulina em relação à carga de glicose. Essas mudanças adaptativas são atribuídas à melhora do conteúdo muscular de GLUT4  (similar a insulina) e na atividade da síntese de glicogênio, além do aumento do número de capilares no músculo esquelético e massa muscular.


DIABETES


Fonte: Diabete Mellitus and Exercise, Diabetes Care 17:924-937, 1994. Diretrizes da Associação Americana de Diabetes e do Colégio Americano de Medicina Esportiva.


Compulsão Alimentar

A compulsão alimentar é relatada por alguns autores como uma doença causada por pacientes com transtorno obsessivo compulsivo.

A prática de atividade física pode ser considerada importante quando realizada de forma moderada, pois existe uma relação direta do compulsivo por exercício com o compulsivo por comida.

O exercício leve, moderado e forte nas quantidades adequadas tem se demonstrado importante na redução da compulsão por comida e provavelmente esta relacionado à liberação de endorfinas durante atividade física hormônio este que nos da sensação de prazer e reduz a o desejo em comer carboidratos.

Porém o exercício físico extenuante em excesso somado a preocupação descontrolada em ganhar peso e ficar obeso podem gerar distúrbios alimentares severos como compulsão por comida e seguida anorexia nervosa.

 COMPULSÃO ALIMENTAR


Fonte: Obsessionality in Anorexia Nervosa: The Moderating Influence of Exercise, Psychosomatic Medicine 60:192-197 (1 998)


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